quarta-feira, 27 de março de 2013

LOBISOMEM - O DEMÔNIO DA NOITE









3 Edições de autoria do Mestre Gedeone Manganola.- Louis Von Boros, que teve a infelicidade de ser contaminado por um Lobisomem, transformou-se em um monstro sedento de sangue. Vivendo por mais de 200 anos, o Conde Von Boros, apesar do triste destino, procura se curar, para viver como um ser humano normal é. Um monstro que ama e sofre, que se alimenta de sangue para viver até encontrar a cura para a sua Licantropia.
Clique nas três hiperligações e baixe está sensacional e imperdível trilogia clássica de Terror, obra prima dos quadrinhos brasileiros; criada pelos mestres Gedeone Malagola e Nico Rosso.



terça-feira, 26 de março de 2013

O VINGADOR # 27


O Banca dos Gibis Brazucas trás para vocês um raridade que é só nostalgia. Trazemos a: PRIMEIRA REVISTA ILUSTRADA POR RODOLFO ZALLA NO BRASIL!
Sim esta edição da revista Fantasia que publicou o personagem de Western “O Vingador” foi a primeira publicação de Rodolfo Zalla para a editora Outubro, que se orgulhava de publicar somente material produzido no Brasil.
Mas vamos conhecer melhor esta curiosa e interessante história:

"Quando em 1963 uma grande crise atingiu a indústria editorial da Argentina Rodolfo Zalla resolveu tentar a vida no Brasil. Zalla chegou em Dezembro de 1963, e o Jornal Ultima Hora de São Paulo estava preparando um segundo caderno e Zalla começou a colaborar com uma tira diária chamada: Jacaré Mendonça e a ilustrar para a seção: Amores Históricos Brasileiros.
Mas em Março de 1964 eclodiu a Revolução Militar e o jornal Ultima Hora,dirigido pelo jornalista Samuel Wainer começou a ter dificuldades com o novo regime, que acabou levando o jornal a fechar.
Foi aí que Rodolfo Zalla procurou um amigo desenhista argentino chamado José Del Bó que o apresentou na Editora Outubro. Zalla foi morar na cidade de Santos, (litoral de São Paulo) junto com Del Bó. José Del Bó ainda colaborava com a Editorial Yago  da Argentina, que havia encomendado o personagem O Vingador, e como estava sobrecarregado de trabalho, começaram a produzir juntos as histórias, e a primeira colaboração de Zalla foi na aventura: “A FERROVIA, que encontramos nesta revista Fantasia # 27 da Editora Outubro”.
Del Bó, tinha chegado ao Brasil, havia desenvolvido um outro personagem chamado Colorado que foi imediatamente aprovado, mas o objetivo de Del Bó era trabalhar nos Estados Unidos, e quando isso aconteceu, onde teve uma muito bem sucedida carreira passando por grandes editoras como a Charlton Comics , Dell Comics, Gold Key, e chegando a DC Comics onde por muitos anos desenhou o personagem que é um dos carros chefe da editora: "A Mulher Maravilha", ele acabou deixando seus trabalhos para Rodolfo Zalla que os desempenhou com muita talento, capacidade e competência".
José Del Bó vive até hoje em New Jersey (E.U.A.).

Agora você pode clicar na hiperligação, e conhecer este histórico trabalho, onde pode se perceber o trabalho conjunto Bel Bó/Zalla na aventura: A Ferrovia, e uma segunda histótia com textos e desenhos do grande mestre Rodolfo Zalla.
Ah! e não se esqueça de deixar seu comentário!



segunda-feira, 25 de março de 2013

ESPECIAL DE TERROR - MOZART COUTO


No universo das histórias em quadrinhos nacionais, poucos quadrinhistas conseguem transmitir, para o papel, sua própria experiência de vida, sua filosofia, sua concepção de realidade. E um destes é Mozart Couto.
Este mineiro de Juiz de Fora iniciou sua trajetória na HQB através da extinta Editora GRAFIPAR, e também nas: Editora PRESS e na Editora NOBLET, produzindo desde HQs eróticas, terror e até ficção cientifica.
Seu traço é bonito e seguro. E tem um cuidado especial para a figura humana. Suas “mulheres” tem uma beleza plástica estonteante , mas nunca fugindo da expressão do real. Seus “homens” não tem corpos de halterofilistas ou de super-homens, mas a cara do cotidiano, da pessoa da rua.
Nas HQs de Mozart , rostos, gestos e situações são palpáveis, atuais, existe uma forma de sentir , de transmitir o personagem brasileiro, seus costumes, expressões, regionalimos, roupas e ambientes.
Existe no trabalho de Mozart uma preocupação com o sentimento humano e com o próprio ser humano, que são uma constante em Mozart, isso é reflexo direto de sua visão de mundo voltado para o espiritismo e o humanismo.
A crença na existência de outras realidades, além do nosso presente, abre um leque muito grande de possibilidades narrativas. Alguns personagens criados por Mozart Couto, exprimem este sentimento , como o HOMEOPATA (publicado na revista MUNDO DO TERROR da Editora PRESS), O MAGO e o GUERREIRO (publicado na revista CALAFRIO da Editora D’ARTE) e principalmente A HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO (publicado pelo Instituto Maria de Juiz de Fora (MG).
Este é um estímulo positivo e gratificante, para que todos os leitores e curtidores do quadrinho brasileiro, procurem em cada HQ de Mozart um sentimento transformista, uma realidade próxima, e uma esperança futura, de que a humanidade tem passos para dar, e que através de sua arte, este passos estarão sendo revelados.
Este ESPECIAL DE TERROR é uma tentativa de caracterizar esse humanismo. Por isso leia, analise, releia e reflita um Mozart Couto, talvez, desconhecido até hoje para você, uma grata surpresa, uma experiência nova, uma paixão a mais.


O mestre Mozart Couto em sua prancheta de trabalho


Então é só clicar na hiperligação, e não esquecer de deixar seu comentário, que não levará mais que alguns segundos. Seja o primeiro a comentar! 






sábado, 23 de março de 2013

O MORTO DO PÂNTANO


Responda rápido novamente: como se chama o personagem de histórias em quadrinhos que é um ser estranho, disforme, vive aterrorizando as pessoas e mora em um pântano?"
Quem respondeu que é o "Homem Coisa" da Marvel Comics, errou... e quem respondeu que é o "Monstro do Pântano" da DC Comics, errou mais uma vez.
Outra criação genial de Eugenio Colonnese, o "Morto do Pântano" foi criado 5 antes dos seus parentes americanos.
Colonnese nunca pensou em processar as editoras americanas pelo plágio, desestimulado pela morosidade da justiça brasileira.
Infelizmente a falta de informação fez com que muitos brasileiros acusassem Colonnese, durante toda a sua vida, de ter copiado os personagens americanos.
Baixe esta edição da coleção "Ópera Terror" da extinta Editora Ópera Graphica", com uma bela coletânea de histórias deste grande personagem do grande mestre do quadrinhos brasileiros.


 Eugenio Colonnese, reconhecido como mestre na Argentina, Brasil e Inglaterra.



sexta-feira, 22 de março de 2013

O TERROR NEGRO # 67


Hoje trazemos para nossos amigos e seguidores uma rara edição que foi publicada a 58 anos atrás pela Editora La Selva de São Paulo, em Junho de 1953 do século passado.
Trata-se do # 67 da revista: "O Terror Negro" de um período em que a produção de material americano ficara escasso e os artistas brasileiros surgiram para mostrar toda a sua força e talento neste gênero que era tão apreciado naquela época.
Então, e só clicar na hiperligação, para conhecer esta obra rara, e não se esqueça de ser o primeiro a deixar o seu comentário.


quinta-feira, 21 de março de 2013

A GARRA CINZENTA


O blog "Banca dos Gibis Brazucas" traz hoje, um edição antológica dos quadrinhos brasileiros. Comecemos por conhecer os seus autores.
Renato de Azevedo Silva, nasceu no Rio de janeiro no inicio do século passado (1904), era pintor e ilustrador, e deixou uma importante contribuição para os quadrinhos brasileiros.
Em 1937, com roteiros de Francisco Armond, ele começou a publicar, em A "Gazetinha", de São Paulo, "A Garra Cinzenta".
Com um desenho clássico, a narrativa misturava elementos do policial com situações de mistério, lembrando os "seriados completos" da época, conquistou os leitores e tornou-se uma realização marcante.
Ganhou álbuns - A Garra Cinzenta teve quase cem páginas e chegou a ser exportado. A última reedição - parcial - ocorreu no almanaque do Gibi Nostálgia, número 6, de 1973.
Renato Silva depois, tornou-se ilustrador de livros didáticos e infanto-juvenis e seu ultimo trabalho importante para os quadrinhos foi uma série de treze álbuns sobre a "Historia do Brasil e do Mundo" (Editora Conquista-SP).
Foi igualmente autor de um método de desenho impresso em vários fascículos, que se vendiam muito bem. Renato Silva faleceu em 1981.
Clique na hiperligação para conhecer esta importante obra dos quadrinhos brasileiros, importante referencia para estudos das HQs do Brasil.
Ah! e não deixe de comentar esta postagens, afinal não custa nada e levará apenas poucos segundos.








quarta-feira, 20 de março de 2013

A ARTE DE RODOLFO ZALLA


O Brasil é um país que recebeu uma grande  influência cultural da imigração. Sejam
Portugueses, espanhóis, africanos ou japoneses, principalmente em São Paulo.
Nos quadrinhos tivemos contribuições da vinda de artistas de Portugal, Espanha, Itália e Argentina, especialmente. Desta nação vizinha portenha, recebemos, dentre outras contribuições, a vinda de Rodolfo Zalla.
Seu comportamento altamente profissional, aliado ao seu estilo de desenho característico e de belo padrão artesanal, influenciou muitos artistas nativos. O Brasil agradece a Argentina e a Zalla.
O “Banca dos Gibis Brazucas” apresenta hoje um scan de uma revista muito especial que foi publicada para o Festival de Lucca (Itália), no ano de 1992;
Ela apresenta o trabalho nos quadrinhos do grande mestre “Rodolfo Zalla” desde o seu inicio, na sua terra natal a Argentina, até a sua pátria de adoção, o Brasil.
Um exemplo de comportamento, de produção quantitativa industrial, sem perder a qualidade artesanal de um grande desenhista de nível internacional.

O grande mestre Rodolfo Zalla


Credito: Blog HQ Point.
Clique na hiperligação e conheça esta preciosa e interessante obra que foi publicada pela extinta editora D’Arte.


segunda-feira, 18 de março de 2013

ÉRCIO ROCHA # 3


E continua a saga de Ércio Rocha e do Capitão Ignácio, apresentamos o # 3 com este carismático personagem criado por Giórgio Capelli em meados da década de 60.
Após a queda do avião Ércio e o Capitão Ignácio continuam a sua marcha para encontrar uma cidade para poder entrar em contato com a F.A.B. (Força Aérea Brasileira), para poderem resgatar o avião acidentado.
Chegam a uma pequena e simpática cidade, que além das dificuldades normais ainda precisa enfrentar um politico dominador e aproveitador, e Ércio e o Capitão Ignácio resolvem intervir e ajudar o pobre povo daquela cidade.
Não deixe de ler esta bela história que faz parte da saga deste corajoso garoto, junto de seu amigo, o intrépido Capitão Ignácio da F.A.B.
E para completar a revista Giórgio Capelli nos brinda com um conto de Natal, que foi publicado por ocasião do lançamento da revista em dezembro daquele ano.
Ofereço esta postagem ao amigo Lancelott, grande pesquisador e divulgador dos quadrinhos brasileiros. 
Cliquem na hiperligação, e seja o primeiro a comentar sobre está interessante revista.









sábado, 16 de março de 2013

O JUDOKA # 8


Nossa postagem de hoje trás mais uma aventura de um autentico herói brasileiro, que menos influencia teve dos quadrinhos enlatados americanos, poderíamos afirmar que o Judoka não é nenhuma cópia de algum herói estrangeiro.
As aventuras do Judoka tinham os roteiros de Pedro Anísio, e vários desenhistas ilustraram as aventuras do personagem brasileiro.
Esta edição foi ilustrada por Mario José Lima, um artista experiente do quadro de desenhistas da EBAL, e que tinha um traço bastante interessante.
Baixe esta  edição deste personagem que graças a estrutura desta grande editora acabou fazendo muito sucesso, e seja o primeiro a comentar a respeito desta publicação!



quinta-feira, 14 de março de 2013

MYLAR ESPECIAL - A ORIGEM


Os anos 60 podem ser considerados como os anos dourados para as Histórias em Quadrinhos no Brasil, quando juntas as editoras publicavam tiragens gigantescas de 500.000 exemplares por mês, e mais de 120 títulos estavam a disposição nas bancas.
E os Super Heróis não eram privilégio somente das grandes editoras cariocas como: a EBAL, e a RGE; em São Paulo a pequena editora La Selva publicava "O Homem Mosca". com uma expressiva tiragem de 40.000 exemplares.
Neste panorama de entusiasmo devido aos resultados das vendas, que as pequenas editoras paulistas encomendaram a seus colaboradores novos heróis.
Além de ter sido um dos maiores ilustradores de quadrinhos reconhecido como mestre em três paises, Argentina, Brasil e Inglaterra já que colaborou por algum tempo com a Fleetway Londrina, Eugenio Colonnese era também um grande criador de vários personagens de muito sucesso na Nona Arte.

Ele apresentou então o personagem Mylar, que imediatamente foi aprovado. Os roteiros ficaram a cargo de Luis (Meri) Quevedo.
Mylar foi criado pelo Estudio D'Arte que pertencia a Rodolfo Zalla e Eugenio Colonnese. produziam e publicavam através de alguma editora que se interessasse.
Mylar foi publicado em 1967 através de uma pequena editora paulista chamada  "EditoraTaika", chegando até a edição de # 8 em Junho de 1968, quando deixou de circular.
Mas quem era este Super Herói cheio de boas intenções... onde ficava oculto o seu QG?, quais eram as armas que utilizava?. E a sua identidade? Teria sido revelada?
Para obter todas as respostas para estes questionamentos, é só você clicar no link para conhecer esse fantástico personagem: MYLAR - O Homem Mistério", criação do grande mestre: EUGENIO COLONNESE!


quarta-feira, 13 de março de 2013

ULTRAX # 2

Estamos postando a segunda aventura de Ultrax,  e surge um personagem capaz de atrair polêmica  e a ira dos críticos de plantão.
O Alucinado é muito parecido com o Hulk! Os leitores irão imaginar que se trata de uma cópia.
E. C. Nickel concorda com a idéia e admite que fez isso propositalmente!... Um dos objetivos desta série do Ultrax é prestar homenagem  aos personagens e criadores  que o autor admira desde a infância. O Hulk, Stan Lee e Jack Kirby estão no topo desta lista. É claro que antes do Hulk, entre os incontáveis monstros criados pela imaginação humana. Havia o Golen, da lenda judaica, o monstro de Frankeinsten  e, principalmente. O maligno Mr. Hyde, não o personagem da Marvel e sim a criação do maior contador de histórias de todos os tempos, o grande Robert L. Stevenson . É mais do que óbvio que Stan Lee se inspirou na história “O Médico e o Monstro”  para criar o Dr. Bruce Banner e seu monstruoso alter-ego. O Incrivel Hulk. Isso em nada desmerece o talento gigantesco do homem que revolucionou o universo da Nona Arte, junto com os maravilhosos artistas da Marvel, nos anos 60.
É o Alucinado de E. C. Nickel também ESMAGA!!!...

Agradecimentos ao nosso grande amigo Lancelott, que possibilitou a postagem desta coleção.

Então amigos escolham um dos dois links e boa leitura, tenho certeza que irão gostar!




domingo, 10 de março de 2013

FANTASTIC # 2


Olá amigos, muito brigado por acessar nosso blog e pelo apoio de todos aqueles que admiram os quadrinhos brasileiros, e reconhecem a luta dos nossos artistas para serem reconhecidos em nossa terra.
O grande movimento iniciado nos E.U.A. pelo grande mestre Stan Lee na Editora Marvel Comics, que trouxe os Super Heróis Marvel, fez com que surgissem muitos Super Heróis em muitos países, através dos editores que aproveitaram para embarcar neste grande sucesso mundial.
Em 1966 a Editora Taika lançou um novo herói, com nome excêntrico e um uniforme azul e cheio de “rebites” pretos. Seu nome era “Fantastic”, criação de Luis Meri e Osvaldo Talo. Fantastic surgiu no almanaque de Targo nas ultimas 29 páginas. O personagem agradou logo de cara aos leitores da época. O nome era uma influência da mídia dos comics estrangeiros.
Fantastic não tinha nenhum poder especial, lutador ágil, inteligente e de reflexos aguçados. Sua única arma era um cinturão atômico que pulverizava os inimigos e criava um campo de força que o tornava invulnerável. Volta e meia fazia uso de uma pistola automática e tinha um cinto cheio de recursos.
Osvaldo Talo, quadrinista e ilustrador é um argentino da cidade de Rosário, que iniciou sua carreira como ajudante de Enrique Rapela e depois trabalhou com Eugenio Colonnese, sempre em Buenos Aires. Depois de certo tempo passou a colaborar com a Editorial Bruguera e criou uma tira diária para o Jornal Democracia.
Em 1963 mudou-se para o Brasil, alternando suas atividades entre a propaganda e a ilustração. Não resistiu ao apelo dos quadrinhos. Ilustrou: "O Vigilante Rodoviário” (iniciado por Flavio Colin), histórias de guerra e far West.
Em 1970, na Editora Saber, foi responsável por uma série memorável de reedições de histórias clássicas (Brucutu, Brick Bradford, Ferdinando, Popeye, Fantasma, Mnadrake e muitos outros)
Em 1973, dedicou-se à produção editorial de livros didáticos, só voltando aos quadrinhos a partir de 1980, com Rodolfo Zalla que editou as revistas Johnny Pecos, Calafrio e Mestres do Terror. Mais como roteirista do que desenhista Talo se fez presente nessas publicações. Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se roteiros para o álbum Mirza, a mulher-vampiro e A Vida de Jesus Cristo, ambos com desenhos de Eugenio Colonnese.
Então é só você clicar no link, para conhecer mais esta criação que fez sucesso na década de Sessenta.





sexta-feira, 8 de março de 2013

CARTILHA DO PETRÓLEO


O “Banca dos Gibis Brazucas” trás para seus amigos e seguidores uma edição muito rara, que foi publicada em 1974, com uma tiragem limitada de um gibi institucional produzida pela EBAL (Editora Brasil América Ltda.), por encomenda da Petrobrás.
Trata-se de uma revista de 34 páginas que tem como título: “Cartilha do Petróleo”, com roteiro de Pedro Anísio e desenhos de Eugenio Colonnese. Essa revista era mais uma ação educacional da EBAL, o enredo de Anísio enaltece o país como produtor de petróleo... tempos verde e amarelo...
Nosso objetivo ao postar esta revista é resgatar a memória do quadrinho brasileiro, e mostrar o talento deste grande escritor como deste grande desenhista brasileiros.
Deixando de lado a onda de patriotismo que o contexto da época da ditadura militar obrigava, temos uma revista muito bem escrita e desenhada.
Pedro Anísio era um colaborador veterano, que colaborou desde o inicio da EBAL do período da famosa revista “Suplemento Juvenil”, além de roteirista de quadrinhos Pedro escrevia radio novelas para a Rádio Tupi e Rádio Nacional as maiores emissoras do país, ele junto a Ghiaroni e Hélio do Soveral; por trinta anos escreveram milhares de rádio novelas. Pedro escreveu especialmente para a EBAL grandes obras como: Pedro Alvares Cabral, A Independência do Brasil, A Libertação dos Escravos, A História do Petróleo.
Neste texto da Cartilha do Petróleo, Pedro leva os leitores a um passeio pela história da humanidade, mostrando os benefícios que o petróleo trouxe para o homem, enaltecendo as figuras históricas, pesquisadores e cientistas, mostrando os benefícios trazidos pelo combustível fóssil; num texto muito bem pesquisado e construído.
E para criar a parte ilustrativa desta bela obra, não se poderia ter escolhido melhor ilustrador do que o incomparável: “Eugenio Colonnese”, que dispensa apresentação do seu trabalho impecável.
Um destaque nos trabalhos do grande mestre é a utilização de arquivos em tudo o que desenhava, com uma fidelidade fantástica; objetos, armas, veículos em geral, paisagens, pessoas, transmitindo uma noção de realidade muito grande.
Nesta cartilha em especial, Colonnese dá um verdadeiro “banho”, com um exaustivo trabalho de pesquisa de trajes de época, mostrando muitas figuras históricas, que basta um simples olhar para serem reconhecidas, além de animais pré-históricos, locomotivas, tratores, navios, aviões etc.
Por todos estes motivos citados a cima, conhecer esta “cartilha” torna-se indispensável para que se tenha uma ideia do talento dos artistas de quadrinhos brasileiros.
Quero agradecer ao grande pesquisador dos quadrinhos brasileiros: Lancelot (Bartolomeu Martins), que criou o Fanzine: “Gênio do Calhambeque” com um excelente trabalho de pesquisa, que muito me auxiliou para fazer esta postagem, parabéns Lancelot!
Então clique no link conheça e se delicie com este trabalho magnífico.




quarta-feira, 6 de março de 2013

HOLANDESES NO BRASIL


Junto de Mozart Couto e Watson Portela, Rodval Matias forma o trio de ilustradores que mais se destacaram na Grafipar. Surgida no Paraná, na década de 70, a Grafipar  (Gráfica e Editora do Paraná Ltda.), que pertencia a Faruk El-Khatib, lançou-se aos quadrinhos com um ímpeto incomum, oferecendo oportunidades a muitos artistas brasileiros.
Rodval Matias, desde 1973, tentava vender suas histórias. Vindo do interior do Paraná, ele apresentou-se na Editora Edrel, que naquela época tinha como um dos responsáveis Claudio Seto. Só que a Edrel estava fechando e Rodval não pode desenvolver seu trabalho. Assim, ele estabeleceu-se em São Paulo, trabalhando num escritório, morando em pensão e fazendo quadrinhos nas suas horas de folga. Até praticamente 1978, não teve uma só página publicada.
Naquele ano, conseguiu vender para a EBAL a história “Holandeses no Brasil” em quadrinhos (álbum especial, com capa de Fernando Dias da Silva, a partir de um quadro feito em 1942).
Naquele ano também circulou o primeiro número de Quadrinhos Eróticos (Eros) da Grafipar, onde ele encontrou no expediente o nome de Claudio Seto. O contato entre os dois foi restabelecido e Rodval Matias tornou-se colaborador constante dessa editora. Em quatro anos, desenhou mais de duzentas histórias . De um estilo inicial indeciso, influenciado por  Alex Raymond, ele firmou seu traço, o domínio da anatomia e tudo o mais, tornando-se um jovem desenhista clássico da melhor categoria. Além da Grafipar, Rodval Matias colaborou com a Editora Vecchi, com a Editora Noblet e com a Editora D’Art, de Rodolfo Zalla que publicava as revistas “Calafrio” e “Mestres do Terror”.
Em 1990, Rodval a partir de roteiros de Julio Emilio Braz, foi publicado na Bélgica pela editions Pharaon. Eles fizeram uma série ambientada no Brasil de 1621, chamada “Orinoco”. Os personagens eram bandeirantes, escravos negros, índios, florestas, animais tropicais, com aventuras e erotismo tratados com o capricho do traço de Rodval, em duas belas edições coloridas, “Jaira” e “O Coveiro”. No mercado brasileiro, Rodval continuou trabalhando para as revistas “Gritos de Terror, “Jadhi” (ambas pela Editora Press), Colt 45 (Editora Cedibra), Mundo do Terror (Editora Maciota), Inter Quadrinhos e outras..
Entre as histórias as histórias eróticas que desenhou, destacam-se adaptações de “Decameron”, de Giovanni Boccaccio e “Os 120 dias de Sodomia”, do Marquês de Sade.
O “Banca do Gibis Brazucas” selecionou o raro trabalho de Rodval Matias, que ele publicou pela Editora EBAL: “Os Holandeses no Brasil” em quadrinhos.

Crédito: Blog HQ POINT, agradecimentos ao amigo Paulo Castilho.

Clique no link, para conhecer este belo trabalho deste mestre dos quadrinhos brasileiros.




segunda-feira, 4 de março de 2013

CAATINGA


Uma boa História em Quadrinhos, ultrapassa a qualquer fronteira ou nacionalidade, porque ela é uma forma de art-pop universal.
Baseado neste conceito o Banca dos Gibis Brazucas trás uma grande obra, que apesar de ser um tema bem brasileiro: "O Cangaço", foi produzida por um artista mundialmente conhecido e de origem belga; estamos nos referindo a Herman Huppen.
Herman é um dos melhores estilistas da escola belga de quadrinhos do pós-guerra, um artista que não tem limites para a sua criatividade. Herman é autor de muitas coisas boas, nos mais diversos gêneros, que nem parece se tratar de apenas um, mas de vários artistas.
Estreou nos quadrinhos em 1960, na revista "Spirou", onde logo se encontrou com Greg, roteirista muito experiente.
Juntos criaram a famosa série que se mantém em sucesso até hoje: "Bernard Prince", aventuras do proprietário de um pequeno barco, que vive perigos em vários quadrantes do mundo.
Depois deste sucesso veio uma série de western: "Comanche", e o traço de Herman mostra uma grande força tanto quanto o clássico Red Ryder de Fred Harman e o seu concorrente na França Tenente Blueberry, de Jean Giraud, Herman ainda trabalhou na série "Jughurta" e "Jeremiah".
Herman pôde demonstrar o desenvolvimento de sua técnica em outra criação: "Nic" um garoto parisiense dos dias de hoje, que sonha como o Little Nemo de Winsor McKay.
Em 1999 Herman realiza outro trabalho de fôlego: "Caatinga", totalmente ambientado no Nordeste do Brasil, um magnifico trabalho de pesquisa da paisagem, das pessoas e dos animais, onde Herman contou com a ajuda de Julio Emilio Braz, álbum que foi publicado no Brasil pela Editora Globo.
Curtam o belo trabalho deste grande artista em parceria com Julio Emilio Braz que colaborou com a pesquisa e assessoria, para que Herman pudesse criar esta grande obra.
Clique no link para baixar o scan e seja o primeiro a postar seu comentário.

Crédito: Eudes Norato do blog "Rapadura Açucarada".




domingo, 3 de março de 2013

MONICA - 50 ANOS DE VIDA!


Mônica, personagem principal das tirinhas de Mauricio de Sousa, completa 50 anos

Dentuça e gorducha, Mônica surgiu sem pretensão em uma história de quadrinhos do Cebolinha, publicada por Mauricio de Sousa no jornal "Folha da Manhã" (hoje "Folha de São Paulo"), no dia 03 de março de 1963. A popularidade da personagem foi tanta que em 1970, o escritor percebeu que não conseguiria segurar o sucesso por muito tempo e Mônica deixou de ser coadjuvante para ser a estrela principal da nova revistinha.
A criação da personagem, que apesar de baixinha é muito briguenta, foi inspirada em uma das filhas de Mauricio de Sousa, Mônica de Sousa, que na época tinha apenas três anos.
"Só me dei conta que a personagem era inspirada em mim quando fui para o primeiro ano na escola. Meu pai frequentava as reuniões e pediam autógrafos, fotos. Foi aí que percebi a importância que davam para o trabalho dele e para a personagem", contou Mônica.

Monica de Sousa que inspirou o pai (Mauricio) a criar a famosa personagem.

Neste domingo, a personagem mais famosa do escritor completa 50 anos e promete um ano inteiro de comemorações. A Mauricio de Sousa Produções realizou um investimento de R$ 5 milhões para celebrar a data.
"Vamos comemorar os 50 anos durante o ano todo, com exposições, peças teatrais, 50 metros de bolo em várias comunidades e muitas outras festividades", revelou a filha de Mauricio de Sousa.
Apesar de hoje a diretora comercial, de 52 anos, afirmar que é apaixonada e sente muito orgulho de ter servido de inspiração para a criação da personagem, nem sempre foi assim. Mônica contou ao SRZD que o fato de ser comparada já incomodou.
"Na pré-adolescência eu não gostava muito, queria ficar bonitinha, vaidosa, e a Mônica não tinha essas características. Todo mundo me comparava com ela e me incomodava. Depois de adulta voltei a amar a personagem", afirmou a diretora.


O estudo feito por Mauricio, baseado na filha Monica, e a primeira tira de 1963.

Após 50 anos da primeira tirinha, o sucesso da "Turma da Mônica" parece não ter sido afetado pelo tempo. Com histórias cada vez mais atuais e criação de novos produtos, como a revistinha da "Turma da Mônica Jovem", a Mauricio de Sousa Produções garante que hoje conquistaram 85% do mercado nacional de quadrinhos infantis. Mas as novidades não param por aí, o escritor deseja ainda entrar em um novo mercado em breve.
"Após esses 50 anos, nosso sucesso só aumentou. Nosso objetivo agora é focar na educação, temos projetos para alfabetismo escolar. Estamos dependendo de várias aprovações, mas nossa ideia é facilitar a criançada mais carente, através das historinhas".
Mauricio de Sousa garante um ano inteiro de comemorações       
A ação principal que irá promover a celebração dos 50 anos da Mônica será o lançamento do desenho animado "Mônica Toy", exibido inicialmente pelo canal "Cartoon Network".
"Os desenhos terão 30 segundos, sem som, o que possibilita a comercialização para todo o mundo", contou a filha do criador da Mônica.

A comemoração vai contar ainda com a publicação do gibi comemorativo Mônica nº 75, o lançamento do livro "Todas as Capas da Mônica" e brinquedos retrôs que serão relançados, como a primeira boneca da Mônica e a Estrelinha Mágica.
Já no teatro, a comemoração ficará por conta da exibição das peças "Mônica Mundi - Uma Volta ao Mundo com a Turma da Mônica", no Rio de Janeiro, e "Mônica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta", em São Paulo. As exposições "Mônica 50 anos" e "Sansão também faz 50 anos" prometem animar a capital paulista.

Parabéns do Blog Banca dos Gibis Brazucas ao Mauricio de Sousa e a Monica que agora é "cinquentona", mas conserva o espírito da "menininha" e agora também de "adolescente"!

Crédito: Marina Nardino







sábado, 2 de março de 2013

BIDU


Falar sobre quadrinhos brasileiros sem citar Mauricio de Sousa, que muitos chamam de “o Walt Disney brasileiro”, o “Katsuriro Otomo brasileiro” seria uma tarefa impossível. O primeiro personagem criado por ele, com jeitão para ser publicado foi  o cachorrinho Bidu no ano de 1959, quando Mauricio ainda era repórter no jornal “Folha de São Paulo”.
Bidu era publicado em tiras compridas, de alto abaixo do jornal, e curiosamente nesta época não tinha nome; e foi batizado através de um concurso na redação.
Depois de certo tempo das publicações de Bidu, Cebolinha e Piteco, ele observou que não tinha nenhum personagem feminino.
Nesta época Mauricio morava na cidade de Mogi das Cruzes, trabalhando num pequeno estúdio em casa, cercado pelas filhas Mariângela, Monica e Magali. Certo dia olhou para Monica e fez uma caricatura plástica e psicológica da menina, nascia ali o maior sucesso dos quadrinhos brasileiros de todos os tempos.
O personagem e principal coadjuvante das aventuras da Turma da Monica, Cebolinha era um garoto que realmente existiu em Mogi; ele tinha os cabelos espetados e trocava as letras quando falava. A Magali surgiu no tempo da Monica, pelo mesmo motivo, Mauricio precisava de mais meninas na historinha. O Cascão jogava no time de futebol de seu irmão Marcio, vivia sempre com a roupas sujas de terra...
Hoje todos estes personagens estão por aí, falando japonês, alemão, espanhol e inglês... Mauricio atribui o sucesso de suas histórias à sua humanidade. Mesmo os personagens de fabulas (bichos); ou objetos que eventualmente pintam nelas, falando ou representando, são muito humanos.
A partir de 1970, a Editora Abril publicou os personagens de Mauricio de Sousa em revistas mensais de altíssimas tiragens. Mauricio e seu grupo de criação, (mais de cinquenta pessoas) que fazem parte do “Estúdio Mauricio de Sousa Produções”; trabalham também em material especial para publicação em jornais (tiras diárias e páginas dominicais) distribuídas por uma organização no estilo do Syndicate norte americano, pertencentes ao Mauricio de Sousa Produções.
Além disso, há os direitos de comercialização de personagens e imagens, que rendem uma enorme fortuna para o criador; tudo isso sem falar da venda dos direitos para o estrangeiro, os desenhos animados e até um Parque temático da Monica.
Sem duvida alguma, Mauricio de Sousa é o único e mais bem sucedido (hoje apenas empresário) desenhista de quadrinhos que o Brasil já teve. Com certeza Mauricio já ganhou muito mais que o artista que ele admirava nos comics, Will Eisner. Nada contra! Foi com um esforço muito grande e trabalho, trabalho e mais trabalho que ele construiu o seu império de Disney brasileiro.
Já com mais de cinquenta anos de criação nos quadrinhos, Mauricio de Sousa segue com sucesso criando séries (como a do jogador de futebol Ronaldinho Gaucho) e a Turma da Monica Jovem. Com essa ultima, agregou aos seus leitores o publico adolescente, sem abandonar o seu publico mais constante, as crianças com idade até 10/12 anos.
O Banca dos Gibis Brazucas trás uma republicação da primeira revista do Bidu editada pela atual editora que publica os personagens do Mauricio: Panini Comics.
Cliquem no link para conhecer este trabalho inicial do grande Mauricio de Sousa.