Watson Portela assim como Rodval Mathias e Mozart Couto, são três nomes fundamentais dos quadrinhos brasileiros, uma geração que começou no finalzinho de 1970 e hoje, sem favor nenhum, poderiam estar em qualquer revista internacional.
Watson fez histórias de terror para a Editora Taika de São Paulo e narrativas clássicas para a EBAL, todas permanecendo inetidas.
Sua revelação para os leitores de todo Brasil só ocorreu mesmo em 1978, quando Otacílio de Assunção Barros editor da revista "Spektro" da editora Vecchi, abriu suas páginas para Watson. A primeira história - uma série chamada "Paralelas", que assombrou os leitores pela extrema modernidade, clareza e perfeição do traço de Watson.
Era uma narração de ficção cientifica que tinha, entre seus personagens, um tipico cangaceiro nordestino, lançado a mundos estranhos e ao combate de forças alienígenas. A Vecchi ficou muito impressionada com o trabalho de Watson, que passou a desenhar igualmente uma série western, chamada "Chet", onde se notavam as influências - mas não cópia - de Jean Giraud e Blanc Dumont.
Além de manter seu trabalho na Vecchi, Watson também foi trabalhar para a Grafipar, que estava no seu auge em 1980, criando quase uma centena de histórias de terror e ficção cientifica com erotismo.
Infelizmente as editoras Vecchi e Grafipar fecharam e Watson passou a desenhar para publicações esporádicas como a "Inter Quadrinhos", onde publicou alguns de seus melhores trabalhos. E também na "Press Editorial", onde ilustrou uma obra-prima chamada "Alienigina, inspirada no Alien de Ridley Scott.
Depois disso Watson tornou-se artista quase exclusivo da Editora Abril; onde além das capas para os quadrinhos Marvel publicados pela editora Abril; chegou a fazer a série "Jovem Radical", que durou apenas dois números. Teve publicado o álbum: "Entidade Zero".
Seu traço de contorno forte, pequenos pontos e linhas quebradas, formando um desenho tridimensional, é inconfundível e tornam sua obra uma das mais importantes hoje no Brasil. Watson colaborou com a revista "Mad" e "Spektro" (Vecchi), revista "Pau Brasil" (editora Maciota), "Horror Show" e "Almanaque de Quadrinhos" (editora Escala,) "Paralelas II" (editora Opera Graphica em 2002) e "A Ultima Missão" (editora Opera Graphica, em 2001), essa ultima revista a partir de super heróis criados por Eugenio Colonnese.
Estão com "água na boca"? então clique no link e conheça a obra deste outro grande mestre dos quadrinhos brasileiros.
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