Pelo menos na opinião deste
humilde administrador de blog, Flavio Colin é o melhor estilista que os
quadrinhos brasileiros já tiveram desde o seu inicio.
Colin foi um autodidata,
aprendeu a desenhar reproduzindo trabalhos de seus mestres: Chester Gould, Alex
Raymond, Milton Cannif, André Le Blanc e outros.
Em 1956, conseguiu um
emprego na Rio Gráfica Editora (hoje Editora Globo), fazendo inicialmente vinhetas,
histórias de uma página e ilustrações. Em 1959 surgiu a oportunidade de
desenhar “O Anjo”, adaptação de uma
série radiofônica criada por Álvaro
Aguiar.
A revista, graças
principalmente ao trabalho de Colin – que nesta época imitava os americanos que
o haviam influenciado – durou muito tempo. Desta revista Colin saiu para uma
história baseada em uma série de TV: “O Vigilante Rodoviário”. No inicio da
década de 60, Flavio esteve em Porto Alegre participando da criação da
Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre (CETPA), para a qual fez as
histórias de Sepé (Sepé Tiaraju, um índio que lutou na época da destruição das
Missões Jesuíticas por portugueses e espanhóis no século XVIII).
Em 1964, tentou uma nova
tira, Vizunga, onde já apresentava um traço bem mais pessoal, livre de
influencias estranhas. Infelizmente, era difícil sobreviver só com os
quadrinhos e Colin, como muitos dos nossos artistas, passou um longo período
trabalhando anonimamente em agências de publicidade.
Só voltou quando, no final
da década de 70, a Editora Grafipar do Paraná começou a lançar gibis de terror,
suspense, aventuras e ficção cientifica, mas com temperos de sexo. Nesta época,
já explodindo com seus melhores traços – grafismo perfeito, rostos e corpos
definidos com poucas linhas, mas sempre com expressão dramática e movimentação
dinâmica – Colin desenhou pelo menos umas 200 histórias. Apesar desse trabalho considerado
indigno por alguns moralistas, Flavio Colin fez seu nome ainda maior. No Paraná”,
ilustrou, com textos de Tabajara Ruas, “A História de Curitiba”. No Rio Grande
do Sul, ainda com texto de Tabajara, fez “A Guerra do Farrapos” (notável álbum
de oitenta páginas). Depois, com roteiro de Barbosa Lessa, “O Continente do Rio
Grande” (112 páginas), distribuído em formato de mini álbum (trinta mil
exemplares) por uma empresa comercial, em 1986. Colin emprestou o seu estilo vigoroso
e inimitável para revistas como “Spektro” (da extinta Editora Vecchi),” Inter”,
“Mestres do Terror” e “Calafrio”.
Depois de 1990, colaborou em
revistas avulsas como: Coleção “Assombração”, Almanaque de Quadrinhos,
Alamanque Mundo do Terror, Interquadrinhos, Mad (Editora Record) e Bundas (duas
magnificas histórias coloridas – Brasil 1500, em cinco páginas e Aipotu, em
doze páginas). Álbuns: “Mulher-Diaba no rastro de Lampíão” (Editora Nova Sampa,
1994), “O Boi de Aspas de Ouro” (Editora Escala, 1997), “Fawcett”, na minha
opinião sua maior obra prima (Editora Nona Arte, 2000- roteiro de André Diniz),
“Fantasmagonia” (Prefeitura de Belo Horizonte, 2001 – roteiro de Wellinton
Srbek), “Filho do urso e outras histórias” (Editora Opera Grafica, 2003), “O
Curopira” (Editora Pixel Media, 2006), “Estórias Gerais” (Editora Conrad, 2007 –
roteiro de Wellinton Srbek) e “Caraíba” (Editora Desiderata, 2007), álbum
coletivo: “Brasilian Heavy Metal” (Comix Book Shop, 1996).
O blog “Banca dos Gibis Brazucas”,
tem o orgulho de trazer para os seus amigos e seguidores, uma das grandes obras
de Flavio Colin, (talvez a maior delas), que foi ilustrada por este grande
mestre dos quadrinhos brasileiros, que trás o texto fantástico de André Diniz:
"CORONEL FAWCETT – O MITO".
Então meus amigos cliquem no
link, para conhecer a arte inimitável e inconfundível de “Flavio Colin”.