Olá pessoal hoje vamos falar de um gênero dos quadrinhos que sempre fez muito sucesso no Brasil: Western, e que foi muito explorado, por várias editoras nas década de 40, 50 e 60 como a EBAL e RGE, que publicavam material estrangeiro, principalmente de heróis que eram sucesso no cinema, nas seções de domingo à tarde nas matinés.
Os filmes de faroeste, embora hoje em dia estejam em
franca decadência, sempre encantaram gerações passadas, e é claro que os
roteiristas e ilustradores de HQs não estariam de fora desta – exemplo marcante
até hoje é o Tex da Bonelli Editore, que, mesmo com o descaso (e até
mesmo aversão) que o gênero western vem angariando nos últimos tempos, ainda
mantém relevante popularidade entre os fãs das Histórias-em-Quadrinhos, e em
especial no Brasil, onde continua sendo, disparado, o gibi mais vendido nas
bancas, deixando para trás toda baboseira Marvel Comics, DC Comics, Vertigo e outras
porcarias.
E em nosso país é também marcante a presença de
personagens de faroeste criados por artistas patrícios. Um estilo que não faz
parte de nossa História, mas certamente faz parte de nossa cultura, haja vista
que filmes, seriados e HQs de faroeste sempre fizeram grande sucesso entre nós,
durante as décadas em que o western era o gênero preferido das multidões. E
isso se reflete até os dias de hoje, com os dvds, os fã-clubes, os fanzines, e até
mesmo nos gibis, haja vista a nova empreitada de Tony Fernandes com sua Apache –
e mesmo deste humilde escriba, em O Bom & Velho Faroeste, gibi com
história de far-west com arte notável de Adauto Silva.
As histórias de Johnny Pecos, além da dose
indispensável de tiros e pancadaria, também mostravam as angústias dos
personagens, humanizando-os. E os desenhos de Mestre Zalla dispensam maiores
comentários, especialmente entre aqueles que já se tornaram calejados
apreciadores da HQB. Apesar de todo capricho e talento dos envolvidos, Johnny
Pecos durou somente 4 números – naquela época, o western já perdera muito de
seu prestígio entre o grande público, vitimado que foi pela militância
politicamente correta, de modo que Zalla e seus parceiros passaram então a se
dedicar aos Quadrinhos macabros com Calafrio e Mestres do Terror, dois
grandes sucessos por mais de uma década. Nos anos 90 a Editora Noblet chegou a
lançar um gibi de Johnny Pecos, re-editando HQs publicadas pela Editora D-Arte.
De modo geral, os artistas brasileiros dos Quadrinhos que
se aventuraram no gênero faroeste, pareciam mais inspirados nos filmes de
bang-bang feitos na Itália, do que nos originais estadunidenses. Exemplo
marcante disso, da influência do spaghetti-western em HQs brasileiras, pode ser
visto num personagem que teve duas HQs publicadas no antológica Johnny Pecos,
da Editora D-Arte (mais especificamente, nos número 3 e 4) – personagem que
levava o nome de um dos mais famosos filmes italianos de faroeste: Django (interpretado
no cinema pelo ator Franco Nero). Com roteiros de Luis Meri e desenhos de
Rodolfo Zalla, o que mais chamou a atenção nas aventuras de Django foi
seu inimigo, um fanfarrão de nome Pancho – tipo aliás muito recorrente nos
bang-bangs italianos, uma caricatura do que teria sido o “general” Pancho
Villa, o sanguinário revolucionário mexicano que aterrorizava mexicanos e
estadunidenses da fronteira (chegou até a invadir e saquear a cidade de
Durango), na primeira década do século XX. Já este Pancho do gibi, praticamente
morto na aventura publicada no número 3 de Johnny Pecos, retorna cheio de
vida no número seguinte, onde mais uma vez é colocado à beira da morte. Mas
quem “morreu”, infelizmente, foi mesmo a revista do Johnny Pecos, uma
pena.
O blog Banca dos Gibis Brazucas selecionou este material da revista Johnny Pecos, das aventuras de Django, que foram roteirizadas por Luis Meri e ilustradas magistralmente pelo grande mestre Rodolfo Zalla.
Crédito do texto e scans: blog Personagens dos Gibis.
Então, e só você clicar na hiperligação e curtir este belo material.
O link está com problema não dá para fazer o download do número 4, vc acaba fazendo o download da 3 de novo
ResponderExcluirOlá meu amigo Unknown,
ExcluirDesculpe a nossa falha, agradeço pelo aviso, e já fiz a correção.
Abraço
Sabino
Olá meu amigo Hélio,
ResponderExcluirDesculpe a falha técnica, na hora de postar acabei repitindo o link do # 3, mas como diz o ditado:"Só erra quem faz!"
Grato pelo aviso e um abração.
Sabino
Eu que agradeço pelo blog e por poder disponibilizar essas raridades, um grande abraço, sucesso!!!
ResponderExcluirOlá amiga Marisa,
ExcluirGrato por seus votos, e é bom contar com o apoio dos amigos, para que a gente possa divulgar os quadrinhos da nossa terra e seus talentosos artistas.
Grande Abraço
Sabino
Olá amigo Helio,
ResponderExcluirPor Nada, eu é que agradeço pela colaboração.
Abração
Sabino
PARABÉNS POR ESSAS POSTAGENS, O AMIGO PODERIA CORRIGIR OS LINKS DOS NÚMEROS 03 E 04?
ResponderExcluirOlá Sabino
ResponderExcluirPoderia reupar estes números, por favor?
Gostei muito das aventuras que li no número 2, recentemente postado.
Muito obrigado.
Boa noite Sabino, será que dava pra colocar os links mais uma vez dos números 3 e 4,se for possível muito obrigado amigo.
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