Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil
foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro.
A estreia de Henfil
como ilustrador deu-se em 1964, quando, a convite do editor e escritor Robert
Dummond, começou a trabalhar na revista Alterosa,
de Belo Horizonte, onde criou "Os Fradinhos". Em
1965 passou a colaborar com o jornal Diário
de Minas, produzindo caricaturas políticas. Em 1967, criou charges
esportivas para o Jornal dos
Sports, do Rio de Janeiro. Também teve seu
trabalho publicado nas revistas Realidade, Visão, Placar e O Cruzeiro. A partir de 1969,
passou a colaborar com o Jornal do Brasil e com O Pasquim.
Nessas publicações,
seus personagens atingiram um grande nível de popularidade. Já envolvido com a
política do país, Henfil criou em 1970 a revista Fradim, que tinha como marca registrada o
desenho humorístico, crítico e satírico, com personagens tipicamente
brasileiros.
Com
o advento do AI-5 — garantindo a censura dos meios de
comunicação, e os órgãos de repressão prendendo e torturando os
"subversivos" —, Henfil, em 1972, lançou a revista Fradim pela editora Codecri, que tornou seus
personagens conhecidos. Além dos fradinhos Cumprido e Baixim, a revista reuniu
a Graúna, o Bode Orelana, o
nordestino Zeferino e, mais tarde, Ubaldo,
o paranoico.
Ele tentou seguir
carreira nos Estados Unidos, onde passou dois
anos em um tratamento de saúde. Como não teve lugar nos tradicionais jornais
estadunidenses, sendo renegado a publicações underground,
Henfil escreveu seu livro "Diário de um
Cucaracha". De
volta ao Brasil. ele também fez participação da revista Isto É onde escrevia
uma coluna chamada Cartas da Mãe.
Após uma transfusão de sangue acabou contraindo o
vírus da AIDS. Ele faleceu vítima das complicações da doença no auge
de sua carreira, com seu trabalho aparecendo nas principais revistas
brasileiras.
Henfil passou toda
sua vida a defender o fim do regime ditatorial pelo qual o Brasil passava. Em
1972, quando Elis Regina fez uma apresentação
para o exército brasileiro, Henfil publicou em O Pasquim uma charge enterrando a cantora,
apelidando-a de "regente" — junto a outras personalidades que, na
ótica dele, agradariam aos interesses do regime, como os cantores Roberto Carlos e Wilson Simonal, o jogador Pelé e os atores Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra. Anos mais tarde, o
cartunista disse que se arrependia apenas de ter enterrado Clarice Lispector e Elis Regina.
Henfil é um dos
fundadores do Partido dos Trabalhadores. Há inúmeros materiais de divulgação do
Partido e de campanha eleitoral ilustrados por ele.
Credito; BLOG HQ Point
Conheça uma pequena
amostra da obra de Henfil.
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