quinta-feira, 8 de agosto de 2013

JOHNNY PECOS # 3 e 4




Olá pessoal hoje vamos falar de um gênero dos quadrinhos que sempre fez muito sucesso no Brasil: Western, e que foi muito explorado, por várias editoras nas década de 40, 50 e 60 como a EBAL e RGE, que publicavam material estrangeiro, principalmente de heróis que eram sucesso no cinema, nas seções de domingo à tarde nas matinés.
Os filmes de faroeste, embora hoje em dia estejam em franca decadência, sempre encantaram gerações passadas, e é claro que os roteiristas e ilustradores de HQs não estariam de fora desta – exemplo marcante até hoje é o Tex da Bonelli Editore, que, mesmo com o descaso (e até mesmo aversão) que o gênero western vem angariando nos últimos tempos, ainda mantém relevante popularidade entre os fãs das Histórias-em-Quadrinhos, e em especial no Brasil, onde continua sendo, disparado, o gibi mais vendido nas bancas, deixando para trás toda baboseira Marvel Comics, DC Comics, Vertigo e outras porcarias.
E em nosso país é também marcante a presença de personagens de faroeste criados por artistas patrícios. Um estilo que não faz parte de nossa História, mas certamente faz parte de nossa cultura, haja vista que filmes, seriados e HQs de faroeste sempre fizeram grande sucesso entre nós, durante as décadas em que o western era o gênero preferido das multidões. E isso se reflete até os dias de hoje, com os dvds, os fã-clubes, os fanzines, e até mesmo nos gibis, haja vista a nova empreitada de Tony Fernandes com sua Apache – e mesmo deste humilde escriba, em O Bom & Velho Faroeste, gibi com história de far-west com arte notável de Adauto Silva.
As histórias de Johnny Pecos, além da dose indispensável de tiros e pancadaria, também mostravam as angústias dos personagens, humanizando-os. E os desenhos de Mestre Zalla dispensam maiores comentários, especialmente entre aqueles que já se tornaram calejados apreciadores da HQB. Apesar de todo capricho e talento dos envolvidos, Johnny Pecos durou somente 4 números – naquela época, o western já perdera muito de seu prestígio entre o grande público, vitimado que foi pela militância politicamente correta, de modo que Zalla e seus parceiros passaram então a se dedicar aos Quadrinhos macabros com Calafrio e Mestres do Terror, dois grandes sucessos por mais de uma década. Nos anos 90 a Editora Noblet chegou a lançar um gibi de Johnny Pecos, re-editando HQs publicadas pela Editora D-Arte.
De modo geral, os artistas brasileiros dos Quadrinhos que se aventuraram no gênero faroeste, pareciam mais inspirados nos filmes de bang-bang feitos na Itália, do que nos originais estadunidenses. Exemplo marcante disso, da influência do spaghetti-western em HQs brasileiras, pode ser visto num personagem que teve duas HQs publicadas no antológica Johnny Pecos, da Editora D-Arte (mais especificamente, nos número 3 e 4) – personagem que levava o nome de um dos mais famosos filmes italianos de faroeste: Django (interpretado no cinema pelo ator Franco Nero). Com roteiros de Luis Meri e desenhos de Rodolfo Zalla, o que mais chamou a atenção nas aventuras de Django foi seu inimigo, um fanfarrão de nome Pancho – tipo aliás muito recorrente nos bang-bangs italianos, uma caricatura do que teria sido o “general” Pancho Villa, o sanguinário revolucionário mexicano que aterrorizava mexicanos e estadunidenses da fronteira (chegou até a invadir e saquear a cidade de Durango), na primeira década do século XX. Já este Pancho do gibi, praticamente morto na aventura publicada no número 3 de Johnny Pecos, retorna cheio de vida no número seguinte, onde mais uma vez é colocado à beira da morte. Mas quem “morreu”, infelizmente, foi mesmo a revista do Johnny Pecos, uma pena.
O blog Banca dos Gibis Brazucas selecionou este material da revista Johnny Pecos, das aventuras de Django, que foram roteirizadas por Luis Meri e ilustradas magistralmente pelo grande mestre Rodolfo Zalla.

Crédito do texto e scans: blog Personagens dos Gibis.

Então, e só você clicar na hiperligação e curtir este belo material.


9 comentários:

  1. O link está com problema não dá para fazer o download do número 4, vc acaba fazendo o download da 3 de novo

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    1. Olá meu amigo Unknown,
      Desculpe a nossa falha, agradeço pelo aviso, e já fiz a correção.
      Abraço
      Sabino

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  2. Olá meu amigo Hélio,
    Desculpe a falha técnica, na hora de postar acabei repitindo o link do # 3, mas como diz o ditado:"Só erra quem faz!"
    Grato pelo aviso e um abração.
    Sabino

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  3. Eu que agradeço pelo blog e por poder disponibilizar essas raridades, um grande abraço, sucesso!!!

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    1. Olá amiga Marisa,
      Grato por seus votos, e é bom contar com o apoio dos amigos, para que a gente possa divulgar os quadrinhos da nossa terra e seus talentosos artistas.
      Grande Abraço
      Sabino

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  4. Olá amigo Helio,
    Por Nada, eu é que agradeço pela colaboração.
    Abração
    Sabino

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  5. PARABÉNS POR ESSAS POSTAGENS, O AMIGO PODERIA CORRIGIR OS LINKS DOS NÚMEROS 03 E 04?

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  6. Olá Sabino
    Poderia reupar estes números, por favor?
    Gostei muito das aventuras que li no número 2, recentemente postado.
    Muito obrigado.

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  7. Boa noite Sabino, será que dava pra colocar os links mais uma vez dos números 3 e 4,se for possível muito obrigado amigo.

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